O levantamento, realizado em São Paulo, também revelou queda na fila de espera. O Índice ressalta tendência de digitalização e maior planejamento dos consumidores

Os bares e restaurantes da cidade de São Paulo registraram um aumento de 2% no número de reservas, segundo pesquisa realizada pela Tagme em parceria com a Abrasel. O crescimento, ainda que moderado, confirma a continuidade da tendência observada nos últimos anos: mais planejamento por parte dos consumidores e aumento do hábito de reservar mesas com antecedência.
O levantamento considerou os 100 estabelecimentos com maior volume de reservas na capital paulista, comparando a média dos períodos de novembro de 2024 a agosto de 2025 com o mesmo intervalo do ano anterior (novembro de 2023 a agosto de 2024).
Para Roni Lacerda, Co-CEO da Tagme, os dados refletem uma maturidade do setor após um período de transformação digital acelerada. "A reserva online passou a fazer parte da rotina de quem frequenta restaurantes. O que observamos agora é uma estabilização em um novo patamar. Os estabelecimentos estão mais organizados, e os clientes, cada vez mais adeptos da conveniência que a tecnologia proporciona", afirma.
Segundo ele, o crescimento contínuo, mesmo que em ritmo mais suave, é um indicativo de que a digitalização veio para ficar e segue gerando valor tanto para o cliente quanto para o negócio.
Em agosto de 2025, último mês analisado pela pesquisa, o crescimento observado já foi maior, tendência de aceleração que deve se intensificar com a proximidade do final do ano.
Filas de espera continuam em queda, reforçando ganhos em eficiência operacional.
Além do crescimento nas reservas, o levantamento apontou uma queda de 7% nas filas de espera no mesmo período analisado, em comparação ao ano anterior. A redução, que não necessariamente está ligada ao aumento de reservas, pode ser indício da melhoria na produtividade dos restaurantes e maior eficiência no giro de mesas com o apoio da tecnologia.
"A queda nas filas pode indicar desde uma leve oscilação na demanda até avanços importantes na gestão do salão, como o uso de sistemas digitais para otimizar a operação”, explica Roni Lacerda.
Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, os dados reforçam a importância de ferramentas que promovem previsibilidade e organização no atendimento. "As reservas trazem mais controle e ajudam a distribuir melhor o fluxo de clientes".
"Já a redução nas filas de espera contribui para uma experiência fluida e agradável para o consumidor, que encontra um atendimento mais organizado e tem a tranquilidade de chegar e encontrar mesas já disponíveis. Esses indicadores mostram como a tecnologia tem um papel estratégico no planejamento do restaurante", explica.
Ele também destaca o papel dos estudos periódicos para apoiar os gestores do setor: "Mapear essas tendências com dados concretos é essencial. A tecnologia oferece oportunidades reais de ganho de eficiência, mas é preciso estar atento aos comportamentos do consumidor para aproveitar esse potencial ao máximo", conclui.
O levantamento promovido pela Tagme e pela Abrasel tem o objetivo de acompanhar a digitalização do setor de alimentação fora do lar e seus impactos na experiência do consumidor e na operação dos estabelecimentos.
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